quinta-feira, 30 de junho de 2011

OS PROTESTANTES E A IGREJA DE JESUS CRISTO

Fizeram-me uma pergunta: Por que a Igreja católica é a verdadeira Igreja?

Hoje o Cristianismo está totalmente dividido: existem 60.000 denominações cristãs em todo o mundo e por volta de 16.000 somente no Brasil. E vou usar as Palavras do Senhor Jesus Cristo que disse: "No princípio não era assim". (Mateus 19, 8).
As pessoas, hoje em dia, pensam que “não importa a placa, mas a fé em Jesus Cristo”. Valendo-se deste modo liberal de pensar, digamos democrático, posso então fundar a minha igreja, o meu cristianismo, ao meu modo, com a minha interpretação bíblica, com minhas leis e filosofias, meus dogmas, meus “achismos”. Pensando assim, vou fundar uma congregação (igreja) no fundo da minha casa e ficar somente eu nela e meu pai. Seremos uma igreja de dois. Aí, também todo mundo vai e funda sua igreja na sua casa. Com o tempo vai haver milhões de igrejas, como já existe hoje, e cada uma a seu modo de ser, interpretar a Palavra de Deus, falar de Jesus, sem o mandato direto Dele para ir ao mundo e pregar o Evangelho.
Foi assim desde o princípio?
Qual foi o plano do Senhor Jesus Cristo a respeito dos seus seguidores?

Vemos em Mateus 16, 15-19 que o Senhor designou apenas UM dos Doze Apóstolos para guiar seus seguidores:

“E vós”, retomou Jesus, “quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus então declarou: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.

A qual outra pessoa o Senhor Jesus Cristo, Deus e homem, em vida disse isto?
Simão Pedro é auxiliado pela graça divina de uma forma especial e imerecida para ver que Jesus é o Messias e Deus, por isso sua infalibilidade sobre as revelações divinas acerca da Fé, tanto que no futuro Pedro vai escrever que a interpretação das Escrituras não podia ser algo arbitrário e pessoal (2 Pedro 1, 20-21). O Senhor, por outro lado, diz que Simão é a Pedra (Cefas = rocha, pedra) sobre a qual Ele instituirá sua Congregação (= Igreja), Seu Povo, Sua Assembléia. Em torno de Pedro se reunirá a Igreja de Jesus Cristo, e ele terá as chaves do Reino de Deus na terra, e terá poder (amparado pelo Espírito Santo do Pai e do Filho) de ligar e desligar o que diz respeito as coisas do Reino dos céus.

E mesmo, apesar das fraquezas do Apóstolo do Senhor, Ele deixa explicitamente claro de quem é o dever de cuidar da Fé do povo de Deus:

“Por isso, assim como o meu Pai me confiou o Reino, eu também vos (aos Doze) confio o Reino. Havereis de comer e beber à minha mesa no meu Reino, e vos sentareis em tronos para julgar as doze tribos de Israel. Simão, Simão! Satanás pediu permissão para peneirar-vos, como se faz com o trigo. Eu, porém, orei por ti, para que tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos”. (Lucas 22, 29-32)

Depois de ressuscitado, o Senhor Jesus ainda confirma por três vezes (dizendo em Nome da Trindade santa) essa missão do Apóstolo Pedro:

“Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Cuida dos meus cordeiros”.E disse-lhe, pela segunda vez: “Simão, filho de João, tu me amas?”. Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Sê pastor das minhas ovelhas”. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se era seu amigo. E respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”. Jesus disse-lhe: “Cuida das minhas ovelhas.”” (João 21, 15-17)


Com a volta de Jesus para o Pai, Ele delegou os doze apóstolos como representantes da
 Igreja, sob a jurisdição de um único Apóstolo, Pedro. Nos primórdios do Cristianismo, existia uma única Assembléia (Igreja), um único povo cristão, um único Caminho, um único Corpo Místico de Cristo (Igreja), um só batismo, uma só Fé.

Diz Paulo na carta a cidade de Éfeso:

“Há um só Corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós." (Efésios 4)
Se formos seguir o Ato dos Apóstolos e depois as cartas de Paulo, Pedro, João e Judas, vemos que eles estavam em comunhão entre si, que estavam caminhando juntos e resolviam as coisas juntos, como Igreja, em Assembléia, num único Espírito Santo, sob o mesmo prisma da Fé e doutrina transmitida pessoalmente a eles por Jesus Cristo. Paulo mesmo não tomou a liberdade de sair pregando até que foi incorporado ao grupo que seguia os Apóstolos e lhes foi obediente e submisso.
Vemos que o seguimento Apostólico era tão válido na época que, com o suicídio de Judas Iscariotes, os Apóstolos oraram e colocaram em seu lugar Matias (Atos 1, 21, 22). Daí já se via a sucessão apostólica e como era feito quando um deles morria.
Por isso o seguimento Apostólico vem até hoje através da Igreja que é atualmente estabelecida na cidade em que Pedro e Paulo foram martirizados. Com a morte do Apóstolo Pedro, elegeram outro para ficar em seu lugar, e assim sucessivamente até os dias de hoje. Assim como ocorreu no caso de Matias que ficou no lugar de Judas, o traidor. (Veja a lista >> http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Gr%C3%A1fico_da_sucess%C3%A3o_dos_papas )

Por isso, no princípio havia uma só Igreja e temos certeza que Jesus Cristo quer uma só Igreja, porque Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente, e não muda o chamado que fez à sua Igreja nascente. E essa Igreja deixou de existir? É óbvio que não. Ela existe, e está presidida sob os sucessores dos Apóstolos, especialmente sob o sucessor de Pedro, que atualmente é chamado pelo nome de consagração: Bento XVI. E quando este entregar sua alma, outro o substituirá, legitimamente ordenado pelos Bispos que são os sucessores dos Apóstolos.
A Igreja fundada sobre Pedro e os Apóstolos é a mesma que vemos hoje e nunca deixará de existir, porque o Senhor mesmo declarou que as portas do inferno não seriam suficientes para derrubá-La.
Foi desejo explícito ter uma Assembléia única, sob uma jurisdição e representante único, visível, que seria guiado pelo Espírito Santo para que jamais errasse na doutrina de Jesus Cristo e tivesse autoridade sobre o novo Povo de Deus e o Reino de Deus neste mundo.
Por isso o Senhor disse apenas aos doze Apóstolos quando os enviou:

“Quem vos recebe, é a mim que está recebendo; e quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou.” (Mateus 10, 40)

E ainda lhes declarou que seriam socorridos pelo Espírito Santo nas urgências:

“Quando vos entregarem, não vos preocupeis em como ou o que falar. Naquele momento vos será dado o que falar, pois não sereis vós que falareis, mas o Espírito do vosso Pai falará em vós.” (Mateus 10, 19-20)

Hoje em dia muitos se dizem apóstolos, designados por Jesus Cristo como fundadores de igrejas, ou se dizem mestres, pastores. Porém, o Senhor apenas instituiu os Doze sob a jurisdição de Pedro como pastores, apóstolos, mestres, doutores a respeito dos assuntos da Fé e doutrina. Após a morte destes, como ocorreu no caso de Judas, o traidor, outros foram colocados como seus sucessores, e especialmente no caso de Pedro, que seu sucessor foi Lino, depois da morte de Lino, foi Clemente. Isto não consta na Sagrada Escritura, como não consta a morte de Pedro, e sabemos que ele morreu, mesmo sem estar nas Escrituras. Como sabemos que Pedro morreu, como morreu e quem ficou em seu lugar? A História o confirma. E se formos seguindo essa sucessão vamos chegar até o atual Papa.
Muitos alegam que a Igreja católica não seria a verdadeira de Cristo porque seus membros pecam, mas temos que lembrar que a Igreja é formada por pecadores, homens e mulheres a caminho da Terra Prometida, o Novo Povo de Israel no deserto deste mundo, e mesmo os pecados do povo de Deus em nada compromete a realidade e a missão que o Senhor deu a Pedro e aos Apóstolos de batizarem, pregarem o Evangelho, manter firme o que Ele mesmo ensinou. Se não houvesse a sucessão apostólica, a Igreja de Cristo teria morrido com os Apóstolos – só recordando que a Igreja de Deus é humana em toda sua forma visível e precisa de seres humanos para a perpetuar.
Mas, o mesmo fundador dessa Comunidade, Congregação ou Igreja, prometeu que as portas do inferno não prevaleceriam contra essa Fundação e que permaneceria com essa Fundação até o final dos tempos:

“Os onze discípulos voltaram à Galiléia, à montanha que Jesus lhes tinha indicado. Quando o viram, prostraram-se; mas alguns tiveram dúvida. Jesus se aproximou deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”. (Mateus 28, 16-20)

Por essa promessa que Jesus, após a ressurreição, fez somente aos Apóstolos, Ele se mantém presente na mesma Igreja que fundou há dois mil anos e da qual jamais se apartaria, por qualquer motivo que fosse, porque essa Igreja é seu Corpo, e Ele sua Cabeça, e não se separa o Corpo da Cabeça. 
As demais igrejas são apenas imitações da verdadeira Igreja de Jesus Cristo, que têm alguma coisa parecida com a Igreja, mas não são a Igreja que o Senhor fundou e prometeu manter até a sua Parusia. 
Deus está nessas denominações? somente no coração dos fiéis que aceitaram verdadeiramente Jesus Cristo e que não conhecem a Verdade de que a Igreja sob o Papa é a verdadeira, e somente esses se salvarão, por não conhecerem toda a verdade e por isso não poderão ser responsabilizados por aquilo que não conheciam. Eles estão unidos de alguma maneira ao Corpo do Senhor pelo caminho misterioso da fé e não são de fato Corpo do Senhor pelo vínculo da Igreja instituída por Jesus Cristo, que é a Igreja. Eles se salvarão pelas graças da redenção derramadas na Igreja de Cristo que de alguma forma os atingirão. 
Aqueles, porém, que sabem que a Igreja católica (católica=universal, mundial) é a Igreja do Senhor e não escolhem fazer parte Dela em vida, não se salvarão do inferno, porque somente os que são membros do  Corpo de Jesus Cristo se salvarão, e eles rejeitaram a Fé, o Corpo do Senhor, a graça e  a santificação que existem de modo total e permanente na Igreja católica.

Em suma, existe apenas uma Igreja, uma só Fé, um único Batismo, um único Senhor e Deus, um único Espírito Santo, uma única interpretação das Escrituras.


 A Jesus a glória e a nós a Misericórdia!

tt


segunda-feira, 27 de junho de 2011

MARIA, MÃE DE DEUS E DOS HOMENS

Maria é Mãe de Deus:
O Senhor Jesus é Deus, e como Maria é mãe da Pessoa Jesus e não de uma parte de Jesus, Ela é Mãe de Jesus Deus e de Jesus Homem, isto é, Mãe de Jesus que é Deus e Homem. Ela é mãe de Jesus Cristo, Deus e Homem numa só Pessoa. E Maria é Mãe da Pessoa de Jesus Cristo. Ele nasceu dela, o único meio humano que Deus escolheu para nascer. Por isso Isabel vai dizer: “que honra vir a mim a Mãe do meu Senhor?” (Lucas 1, 43). O único Senhor que Isabel conhecia era o Deus único de Israel, e se Maria é Mãe do meu Senhor, ela é Mãe do Senhor Deus de Israel.
Isto está explícito nas Escrituras!
Maria é santa desde o nascimento:

A Mãe de Jesus Cristo é mais santa que todos os outros, isto é, Ela é mais consagrada (=santa) que todos os outros consagrados. Ela teria que ser totalmente isenta de toda mancha desde seu nascimento porque receberia em seu seio o Santos dos santos, o Santíssimo Criador do universo. Deus mesmo preservou Maria pura e sem o pecado de Adão desde sua concepção, preparando-a para receber o Verbo divino, por isso a teologia diz que Ela é imaculada desde sua concepção. Não é mérito algum dela. Todo mérito de Ela ter nascido assim foi de Deus, foi totalmente obra divina. Como Alguém infinitamente santo poderia nascer de uma pessoa pecadora? Se fosse pecadora, ela teria transmitido o pecado de Adão e Eva ao corpo humano de Jesus, e isso é inconcebível, porque Jesus teria que oferecer um corpo santo e imaculado ao Pai no sacrifício da cruz! Se Deus ordenou que fizesse o Templo de Salomão, especialmente o Santo dos santos de um modo todo imaculado, como não exigiria da pessoa humana que fosse Mãe do Senhor maior santidade?

Maria é virgem para sempre:

 Deus usou Maria e a preparou para receber o Verbo de Deus, mas Ela teria perdido esse vínculo com Deus Pai, o Verbo Divino e o Espírito Santo depois que Jesus nasceu? claro que não! “porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis." (Romanos 11, 29)
Ela permaneceu imaculada em seu corpo depois do nascimento de Jesus e continuou virgem até a sua morte. Por quê? Porque Ela se tornou o Templo do Altíssimo Deus, o Santíssimo e infinitamente perfeito Senhor. No Templo de Jerusalém havia uma sala que era chamada de Santo dos santos, e que era o local mais sagrado de todos. Neste lugar somente o Sumo Sacerdote entrava. O Velho Testamento nos ajuda a entender a obra de um Sumo Sacerdote: o Sumo Sacerdote levita agia como representante dos homens, entrando na presença do Senhor para oferecer sangue em benefício dos homens pecadores. Em nenhum outro lugar esta função é ilustrada mais vividamente do que nos eventos do Dia da Expiação. Neste dia, o décimo dia do sétimo mês de cada ano, o Sumo Sacerdote entrava no Santo dos santos do tabernáculo para fazer expiação pelos seus próprios pecados e pelos do povo. E ninguém mais tinha permissão para entrar ali a não ser o Sumo Sacerdote. Assim, Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote por excelência e definitivo (Hebreus 2:17; 3:1; 4:14), entrou no Seio da Virgem Maria (o Santo dos santos) para poder ser humano neste mundo e oferecer Seu Sangue para remissão dos nossos pecados.
Uma vez que Deus ali entrou, tornou aquele Seio sagrado e impenetrável. Assim como a Moisés foi pedido que tirasse as sandálias “porque aquele lugar era um lugar santo” (Êxodo 3,5) e ele não era digno de ali pisar, também o Ventre de Maria tornou-se o Lugar dos lugares, a Casa e a Morada de Deus neste mundo de modo mais perfeito que todos os outros lugares, onde para ali entrar, teria que ter a mesma santidade de Deus. Tornou-se Maria o Lugar de Deus entre os homens, a Morada que Ele mesmo preparou desde que Ela foi concebida como uma Casa digna de Si, onde Ele iria estabelecer fisicamente como em nenhum outro lugar Ele se estabeleceu, o lugar que seria sua Morada.
E depois que o Senhor dos senhores, o Santíssimo nasceu, essa Casa foi jogada fora, tornou-se indigna? Deus gosta de usar e depois jogar no lixo as coisas que Ele usou? Claro que não! Não se torna eternamente santo tudo o que Deus toca? Ele é fiel e o vínculo com Maria não se quebrou depois que Deus nasceu, mas Ela manteve-se fiel como serva  (Lucas 1) a Ele mesmo depois de sua Morte, e nós A encontramos no Cenáculo junto com os Apóstolos.
“O que Deus uniu, não separe o homem”. (Marcos 10, 2-16)
Se a Arca da Aliança não podia nem ser tocada porque apenas a glória de Deus ali habitava (2 Samuel 6, 6 e 7), imagine o lugar onde Deus mesmo habitou fisicamente e espiritualmente! O que seria mais santo: A Arca da Aliança (Hebreus 9, 4-5), a Terra de Israel onde Moisés não pôde pisar com as sandálias (Êxodo 3,5) ou Maria, a Mãe do Senhor Deus (Lucas 1, 43), onde Deus, Ele mesmo, não sua manifestação gloriosa, mas Ele em Pessoa se converteu em homem e veio morar entre nós?

Maria é Mãe de todos os santos:

Maria é Mãe do Senhor, Mãe também do seu corpo humano.
Cristo é a cabeça da Igreja, sendo Ele próprio o Salvador do corpo”. (Efésios 5, 23 e Colossenses 1, 24).
Maria é Mãe só da Cabeça ou também do Corpo todo de Jesus? Claro que é também do Corpo, e toda a Igreja é o Corpo de Cristo, portanto filhos de Maria. Negar isso é negar a verdade revelada por Deus nas Escrituras.
Maria é Representante de Eva. Jesus representa o novo Adão (“Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.” - 1 Corintios 15, 45).
Deus para remir o homem fez o que chamamos de Recaptulação:
Jesus = Adão;
Cruz = a árvore da vida;
Calvário = Jardim do Éden;
Corpo e Sangue de Jesus como alimento = fruto da vida;
Jesus tentado no jardim do Getsêmani = tentação pela serpente ao casal no jardim do Éden;
Maria = Eva;
Anunciação do anjo Gabriel a Maria = "anunciação" do anjo satanás a Eva;
Fruto do ventre de Maria (bendito é o fruto do teu ventre, disse Isabel (Lucas 1, 40-44) = fruto da vida no Jardim do Éden;
Ida da família de Jesus para o Egito = ida de Israel para o Egito.
E assim existem muitas analogias sobre a nossa salvação e a queda do homem, porque Deus resolveu trabalhar para nossa salvação pelo mesmo caminho que entrou no mundo o pecado.
Portanto, Maria é a Nova Eva e Jesus o Novo Adão, e representando o casal desobediente, eles obedeceram a Deus até a morte.
Como Eva era mãe de todos os viventes (Gênesis 3, 20), Maria, a Eva do Novo Testamento, se tornará Mãe de todos os viventes na graça, dos que nasceram do Espírito de Deus, isto é, os que são Igreja, Corpo do Senhor (João 3).

Maria é intercessora:

Nas bodas de Caná vemos Maria como a intercessora que muda até a hora de Deus, tal é a eficácia de sua intercessão. (“Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora” (João 2, 4). Não era chegada a hora de Jesus, mas Maria com sua fé e intercessão a adiantou, claro com a total permissão de Deus. Por isso Ela cumpre a profecia de Gênesis quando o Senhor Deus, Jesus Cristo, mesmo declara que Ela é a Mulher (João 2, 4), cuja descendência (Jesus) esmagaria a cabeça da serpente (Genesis 3, 15), cumprindo assim que Ela é a Nova Eva. Alguns dizem que é a Igreja essa Mulher, mas como seria a Igreja essa Mulher se a descendência dessa Mulher é Jesus Cristo?  Se humanamente Jesus descende de Maria, e a Igreja descende da graça de Jesus. Em Apocalipse 12, a Mulher que tem a lua debaixo de seus pés é Maria (ou seja, Ela está no céu, acima de todo físico), cujo Filho é arrebatado (também alguns falam que essa Mulher é a Igreja, mas como pode ser, se esse Filho é Jesus que sobe aos céus? Jesus por acaso seria descendência da Igreja ou de Maria? Não veio a Igreja depois de Jesus? Não nasceu a Igreja de Jesus?). Portanto, Maria é essa Mulher do Gênesis, do Evangelho e do Apocalipse, isto é, do Começo, do Meio e do Fim.
Sua intercessão se baseia nos méritos infinitos e suficientes de Jesus Cristo, porque está unida a Ele mais que qualquer outra criatura estaria, por ser sua Mãe cheia do Espírito Santo. Quem teve a graça (não o mérito) de ficar grávida de Deus, gerar Deus em seu útero e cuidar de Deus durante sua vida? se conhece alguém, que me apresente! Portanto, não existe ninguém mais íntimo de Deus que Maria. Ela ficou grávida do Espírito Santo (que é Deus), gerou em seu útero Jesus Cristo (que é Deus) e é filha do Pai (que é Deus). Tem alguma outra pessoa no mundo ou no céu mais íntima da Trindade infinitamente perfeita e santa que Maria, a Mãe, Esposa e Filha de Deus? Por isso, por estar tão intimamente ligada a Deus, Ela tem méritos suficientes para interceder, usando os méritos perfeitos de Jesus Cristo diante do Trono de Deus! Se Moisés, mesmo sendo tão pecador (Números 20, 12 e Números 12,1) e não ter tido tal intimidade com a Trindade como Maria teve, intercedia antes do tempo da graça de Jesus Cristo com certa eficácia pelo povo de Israel, imagine a Mulher que teve tão grande intimidade com Deus em Pessoa!

Maria está no céu em corpo e alma:

Em Apocalipse 12 vemos a figura de Maria glorificada no céu (a lua debaixo de seus pés, em sua cabeça uma coroa, vestida de sol). Ela foi glorificada no céu, por Jesus Cristo, porque a Carne de Jesus é a de Maria, o Sangue de Jesus é o de Maria, porque o Senhor Deus não teve pai humano, apenas o pai adotivo José, por isso toda sua genética vem de Maria; dado essa importância, porque Deus ressuscitaria o Fruto (Jesus) (Lucas 1, 43) e deixaria a Árvore (Maria) apodrecer na terra como qualquer pessoa sem importância? Se Elias e Enoque foram arrebatados, diferente de qualquer outros humanos, porque a Mãe do Senhor Deus não seria digna de ser levada ao céus, para estar com Seu Filho, Seu Esposo (o Espírito Santo) e Seu Pai para sempre, como acontecerá com todos os filhos de Deus por ocasião da Parusia gloriosa de Jesus Cristo? Como Eva estava ligada a Adão e perdeu sua glória por ocasião do pecado, assim Maria (Nova Eva) está ligada a nosso Senhor Jesus Cristo (Novo Adão) e "desposada" com Ele, de modo que não se separaram mesmo depois de sua morte, e foi glorificada em Cristo, como sua Mãe, nos céus, de onde pode interceder por nós, seus filhos em Jesus Cristo.
Ela não é maior que Jesus, aliás, Ela é infinitamente menor que o Senhor Jesus, porque Ela é criatura e Ele é Deus. Mas, pelos méritos incomensuráveis do Filho de Deus, como estão tão unidos, inevitavelmente Ela usufrui desses méritos e das glórias de Cristo nos céus, assim como todos nós vamos usufruir dessa glória eterna, embora Maria, por estar mais intimamente ligada, Ela é mais glorificada e mais cheia das graças de Deus. Por isso, olhando para Maria vemos inconfundivelmente a glória de Jesus Cristo nos céus, o poder do Espírito Santo e humildade e miséria dessa serva. E se Ela está no céu, como a Escritura o garante, o que a impede de interceder junto ao Seu Amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, pelas obras da Igreja? se até nós, que nascemos no pecado, podemos e o fazemos, por que Maria não poderia?

A Jesus a glória e a nós a Misericórdia!
tt

quarta-feira, 22 de junho de 2011

CÉU, INFERNO E PURGATÓRIO

Céu, Inferno e Purgatório? O que são essas realidades? Como será o resultado último da busca humana?
No meu blog O IMPERFEITO MUNDO DO TATO escrevi duas histórias sobre essas três realidades da Escatologia, isto é, sobre os últimos acontecimentos da vida e do pós morte. Tentei ser o mais fiel possível ao que diz a teologia cristã, ou seja, ao estudo que se faz dos ensinamentos bíblicos. É preciso, contudo, gostar de ler, porque as duas histórias foram divididas em 6 partes nas quais conto as realidades do Céu (a Morada com Deus), do Purgatório (estado de purificação para se entrar no Céu) e do Inferno (estado de depressão eterna e imutável, longe de Deus).

A Jesus a glória e a nós a Misericórdia!

tt

sexta-feira, 10 de junho de 2011

LADY GAGA E A FÉ

A maior tentação do homem moderno é acabar com a Fé. Tem sido uma luta tão constante e de tantas formas e de todos os lados que é inacreditável como ainda a Igreja possa existir.
Estamos vivendo num tempo em que até uma mera cantora de gosto discutível dá lições de “fé e moral”, dita moda e enfrenta as religiões do mundo. Esta é Lady Gaga. Mas por que estou falando dela? Porque ela é apenas a ponta do iceberg da cultura que o mundo vem sendo obrigado a engolir e que logo, por causa da globalização dos meios de comunicação, estará no mundo todo como uma regra. Agora você pode dizer que uma criatura insana como essa cantora é inofensiva, mas infelizmente não é. Ela tem mais de dez milhões de jovens a seguindo no twitter. Ela vende milhões de CDs em uma semana. Ela canta músicas contra a fé e a moral católicas, ela abusa do sexo e da afetividade, brinca de médium, espiritualiza algo totalmente material, e centenas milhões pelo mundo a seguem. Isso é tão sério que dia 11 de junho ela vai guiar uma multidão de protestos pelas ruas de Roma até o Vaticano.
Eu a cito apenas para dizer como estamos sendo atacados até pelas supostas artes, muito mais do que se pode crer, e isso nos afeta diretamente. Quem mais consegue ouvir uma canção sem que esta contenha algo relacionado ao sexo explícito ou desmistificando a Fé e a Moral? Se achar uma música atual que não faça isso é um milagre.
O mundo, evidentemente, está sendo preparado para assumir essa cultura antibíblica, anticristã, anticatólica. Veja que a Igreja é chamada de antiquada e inflexível em coisas que ela condena e que há 20 anos eram prontamente aceitas como imorais mesmo, e hoje, por causa do crescente ataque da “cultura da indiferença” (da cultura do tudo pode), estamos vivendo um tempo em que praticamente tudo é permitido. Tudo mesmo. E vejo só o dia em que coisas que hoje ainda estamos condenando se tornarão permitidas no futuro.
E a Fé?
A Fé (com letra maiúscula mesmo, porque não se trata da fé sentimental que é às vezes tão prejudicial) está numa decadência na sociedade moderna de tal modo que movimentos dentro da Igreja e igrejas modernistas estão sendo levantadas por toda parte como um estandarte de vitória e liberdade. Movimentos modernistas que segregam mais que unem a Igreja; igrejas que desvirtuam a Verdade e a Moral. E o quê? a Igreja sofre e geme em dores de parto, perdendo seus membros (membros de um Corpo) e sendo atacada por toda parte, de todas as formas, por todos os meios.
O Ateísmo não reina mais como antes; o que está em evidência é a Indiferença, mesmo entre o clero, mesmo nos altos escalões da Igreja, e isso está atingindo até mesmo as massas, o que já por si só é um grande problema. A Igreja vive com joios, a Igreja está como cordeiro entre lobos. E a Fé está sendo dada como infantil, e até imoral em algumas culturas, inclusive a brasileira.
Se perguntarmos ao futuro do cristianismo, isto é, aos jovens, se acreditam na Igreja, na Bíblia, no que diz a Moral, teremos uma porcentagem muito pequena que diz que sim, e ainda com uma certa insegurança.
Você pode achar que estou sendo ingrato com a realidade, mas infelizmente estou apenas a citando. Poucos sabem a Verdade, e menos ainda A cultuam. Quantos amam a Igreja? quantos ainda morreriam em nome da Fé, defendendo o Credo dos Apóstolos, por amor a nosso Senhor? Ainda uma minoria morreria pela Igreja, defendendo-a como se defende o único barco que carrega todo o tesouro do universo no meio do oceano numa noite de tempestade...
Eu temo. Temo o futuro do mundo, em que médicos e professores não cristãos governarão os hospitais e as escolas. E pior! Muito pior! Futuros sacerdotes e evangelizadores pregarão um evangelho contra a Igreja, contra a Moral e contra a Verdade do Evangelho de Jesus Cristo, negando o que diz a Sagrada Escritura e a Tradição dos Apóstolos! E pior ainda é que estamos vendo isso já acontecendo: sacerdotes e missionários, pessoas que assumem movimentos dito católicos, estão pregando uma fé que não é a Fé dos Apóstolos, que não está totalmente ligada à Tradição Apostólica, ou seja, usam e abusam dos textos da Sagrada Escritura, usando até de heresias, negando o que está sendo pregado pela Igreja durante dois mil anos.
E o futuro?
No futuro a Igreja será cassada e acossada como um cordeiro no dia da tosquia. Mas sobreviverá, e como disse, Bento XVI: nem que seja como uma pequeno grupo! – porque Jesus assim disse em Mateus 16 que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. E pessoas como Lady Gaga (que com certeza não é uma lady) que fazem tanto mal ao mundo e à Igreja de Jesus Cristo serão apenas uma lembrança como num pesadelo, serão como um trapo jogado na beira de uma estrada movimentada.

A Jesus a glória e a nós a Misericórdia!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A VOLTA DE JESUS CRISTO

No áuge dos tempos, o Filho de Deus, o Verbo eterno, veio em carne ao mundo, nasceu da Mulher virgem, imaculada, cresceu e se tornou homem. Por volta de seus 36 anos foi entregue pelos religiosos da época para o pôncio Pilatos O crucificar. Foi crucificado numa sexta-feira de manhã e morreu por volta das 15h. Antes das 18h foi enterrrado, neste mesmo dia.
No domingo de madrugada Jesus levantou dos mortos incorruptível, Senhor dos vivos e dos mortos, vencendo a morte pela sua ressurreição.

“Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim.” (João 12:32)

Jesus, levantado da terra (de três modos: uma vez pela cruz, outra pela sua ressurreição e ainda pela sua ascensão aos céus), atrairá todos a Ele. Isto é, Ele se tornará o centro de tudo, dos vivos e dos mortos, o Rei do universo.

Contudo, diz a Igreja no parágrafo 673 do CIC:

“A partir da ascensão, a vinda de Cristo na glória está iminente* mesmo que não nos «pertença saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade» (At 1, 7). Este advento escatológico pode realizar-se a qualquer momento, ainda que esteja «retido», ele e a provação final que o há-de preceder.” (*sublinhado e negrito são meus)

Jesus voltará para restabelecer definitivamente o reino de Deus neste mundo, porém, não por um modo humano e utópico, mas será pela transformação de toda humanidade e de todo o mundo. E diz a Igreja que a sua vinda em glória é iminente (Significado de Iminente segundo o Aurélio: adj. Que ameaça cair sobre; pendente. / Que está para vir, que está em via de efetivação imediata; muito próximo.) e pode realizar-se a qualquer momento.

A Escritura diz:

“Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão."(Isaías 65:17)
E São João vai escrever:

"E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe."
(Apocalipse 21:1)

Crê-se, portanto, com a Sagrada Escritura e a santa Esposa de Cristo (a Igreja), que com o retorno de Jesus Cristo se inaugurará um “tempo” novo, em todas as suas vertentes, com uma renovação e transformação de tudo o que conhecemos.

“O dia do Senhor chegará como um ladrão, e então os céus acabarão com um estrondo espantoso; os elementos, devorados pelas chamas, se dissolverão, e a terra será consumida com todas as obras que nela se encontrarem. Se é deste modo que tudo vai desintegrar-se, qual não deve ser o vosso empenho numa vida santa e piedosa, enquanto esperais com anseio a vinda do Dia de Deus, quando os céus em chama vão se derreter, e os elementos, consumidos pelo fogo, se fundirão?O que esperamos, de acordo com a sua promessa, são novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça.”
 (2 Pedro 3, 10-13)

Com o retorno de Jesus Cristo, se verá uma grande renovação do universo para um novo céu e uma nova terra.

Diz a Igreja no parágrafo 677:

“O triunfo de Deus sobre a revolta do mal tomará a forma de Juízo final, após o último abalo cósmico deste mundo passageiro.”

Será um Dia como nunca se viu antes em que se diz no Apocalipse:

“Os reis da terra, os magnatas e os chefes militares, os ricos, os poderosos e todos, escravos e livres, esconderam-se nas cavernas e nas rochas das montanhas, dizendo aos montes e aos rochedos: “Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que está sentado no trono e da ira do Cordeiro. Pois chegou o grande dia de sua ira, e quem poderá manter-se de pé?”
(Apocalipse 6, 16)

É da fé católica o retorno glorioso de Jesus Cristo. Negar isto é negar a Sagrada Escritura e a Tradição cristã que esperam seu retorno.
Mas, especula-se: quando? Onde? Como? Por quê?

Nas próximas postagens, vou procurar responder essas questões, sob a luz da Revelação dada por Jesus aos apóstolos e pelas cartas de Paulo, além de recorrer ao que a Igreja explica como será esse acontecimento glorioso. Espero que dê tempo de eu expor aqui esse ensinamento tradicional sobre a Parusia, ressurreição dos mortos e arrebatamento, nas próximas postagens (risos).
Venho estudando já alguns anos e mais assiduamente no último ano sobre o retorno de Jesus Cristo e os acontecimentos que o antecedem, sob a luz da Escritura e da Tradição, e vou procurar expor (resumidamente) tudo o que sei sobre este assunto intrigante.
Aguarde as próximas postagens.

Deus abençoe a todos.


Dia de São Justino mártir.


tt